No dia 8 de outubro do ano passado, apenas três dias depois das
eleições, o presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, deputado
estadual Jalser Renier (PSDC), contratou 450 assessores sem concurso com
um salário médio de 1 000 reais para o seu gabinete, segundo documentos
obtidos pelo Ministério Público Eleitoral. Não bastasse o número de
dimensões amazônicas, todas as contratações foram retroativas a março,
com pagamento dos salários acumulados desde então.
A Procuradoria tem algumas suspeitas: uma delas é que ao menos parte
das contratações tenha servido para pagar contas da campanha à reeleição
do deputado; outra, que não exclui a primeira, é que ele embolse metade
do salário desses funcionários – hipótese reforçada pelas informações
de um servidor concursado da Assembleia que diz ter constatado as
irregularidades.
No final do ano passado, o Ministério Público
representou à Justiça Eleitoral contra Renier, por abuso de poder
econômico, e pediu a sua cassação. O Tribunal Regional Eleitoral acatou a
ação, e o caso agora está em análise pela Justiça.
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