A convenção nacional do PSDB, que nos últimos anos tem procurado se
aproximar das classes mais populares, foi um festival de ritmos
consagrados. As mais de sete horas de evento foram embaladas pelo grupo
AfroReggae, por MCs do funk e por uma homenagem ao cantor sertanejo
Cristiano Araújo, morto em um acidente de carro no último dia 24.
O partido também trouxe para o palco da convenção o compositor Lázaro
do Piauí, que em 2006 produziu o jingle “Deixa o homem trabalhar” para a
campanha do petista Luiz Inácio Lula da Silva, que disputou a
reeleição.
Dizendo-se arrependido, Lázaro pediu desculpas aos tucanos e afirmou
que procurou se redimir ao compor um jingle, nas eleições do ano
passado, para Aécio Neves. O músico, que usava um chapéu de cangaceiro,
foi apresentado pelo próprio Aécio, que creditou à música o fato de o
PSDB ter perdido as eleições daquele ano. Em tom de brincadeira, o
músico foi vaiado pela plateia. “O ser humano comete erros e se levanta.
Eu cometi um erro em 2006 e vou pedir perdão a todo o PSDB. Foi uma
falha. Eu mereço mesmo uma vaia por causa daquela cantiga”, afirmou
Lázaro.
Realizada num hotel em Brasília localizado a poucos quilômetros do
Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente Dilma Rousseff, a
convenção do PSDB reuniu cerca de 3.000 pessoas, segundo a organização.
Os militantes foram trazidos em ônibus bancados pelo partido e recebidos
com uma espécie de “kit sobrevivência”, contendo sanduíche, fruta, suco
em caixinha e chocolate.
Reconduzido à presidência da sigla, Aécio foi a grande atração do
evento. Quando o tucano estava prestes a subir ao palco, ao lado do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o animador do evento pediu a
agitação da plateia para que o senador tivesse uma “entrada triunfal”.
O locutor só parou de repetir o nome de Aécio para registrar a
presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que havia chegado
junto com a dupla. Atrasado, o senador José Serra (SP) alcançou o palco
sozinho, conseguindo, mesmo que por apenas alguns instantes, os
holofotes só para ele. Apesar do clima festivo, a animação foi
esmorecendo. Por volta das 14h30, quando Aécio ainda terminava o seu
discurso, o auditório já estava praticamente vazio.
As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.
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