A Organização Mundial de Saúde (OMS) comemorou nesta quarta-feira (29)
que o número de infecções semanais pelo vírus Ebola tenha atingido seu
nível mais baixo em mais de um ano na África ocidental, mas manifestou
sua preocupação com Serra Leoa.
Não houve mais do que quatro casos confirmados na Guiné e três em
Serra Leoa na semana de 20 de julho, informou a OMS em seu último
relatório semanal sobre a epidemia.
A
organização alertou, contudo, que um dos casos em Serra Leoa - um
paciente morto após ter ido à capital Freetown, na região de Tonkolili
(centro) - representava "um risco consequente de transmissão
posterior".
O paciente foi diagnosticado positivo para o vírus após sua morte no
hospital, em 23 de julho. A OMS estima que ele manteve contato com pelo
menos 500 pessoas, todas elas em Tonkolili, "várias delas consideradas
de alto risco". Tonkolili registrou seu primeiro novo caso em julho,
encerrando um período de 150 dias sem novas infecções.
A situação é melhor na Libéria, onde não houve novos casos durante a
mesma semana, após um breve ressurgimento do vírus há um mês.
O presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, anunciou no último
domingo um plano de retomada pós-Ebola para redirecionar a economia, a
saúde e a educação, e erradicar o vírus no país.
Este plano foi divulgado após a cúpula de 10 de julho de Nova York
durante a qual os três países mais afetados pela epidemia de Ebola
(Serra Leoa, Guiné e Libéria) receberam de doadores promessas de
financiamento de 3,4 bilhões de dólares para ajudar a impulsionar suas
economias.
A epidemia de Ebola na África ocidental, a mais grave desde a
identificação do vírus na África central em 1976, começou em dezembro de
2013 no sul da Guiné. A crise deixou mais de 11.200 mortos em 27.700
casos identificados, segundo a OMS.
Mais de 99% das vítimas se concentram na Guiné, em Serra Leoa e na
Libéria, onde a doença desorganizou os sistemas de saúde, devastou as
economias e afugentou os investidores internacionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário