O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, avalia que
a dinâmica da Casa "piorou muito" com a gestão de Eduardo Cunha
(PMDB-RJ). "Na minha gestão, era porta aberta, todo mundo tinha entrada.
Não tinha esse negócio de 'eu sou o dono do mundo', não", declarou, em
entrevista à Folha de S. Paulo.
Cavalcanti observa que está havendo
"certo tumulto" nos trabalhos da Casa e que "a coisa tem que ser
fiscalizada". "Achava que ele, no início, estava tentando realmente
acertar. Mas agora está tomando umas posições um pouco confusas. Se ele
participou, digamos, de alguma coisa danosa, ele tem que pagar também.
Não é porque ele é presidente que não vai pagar", afirmou.
Cavalcanti se
refere à delação premiada de Júlio Camargo, que cita Cunha como tendo pedido US$ 5 milhões de propina. Para o ex-deputado, o peemedebista deve "provar que realmente não
participou disso" e caso a menção seja comprovada, não existe condição
de Cunha permanecer na presidência da Câmara. Severino Cavalcanti
renunciou em 2005, acusado de receber propina do dono de um restaurante
da Câmara.
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