domingo, 19 de julho de 2015

Marina Silva defende que políticos denunciados por Janot devem ser afastados

Marina Silva teceu críticas ao governo federal em encontro com militância no Recife. Foto: André Nery/JC Imagem. Afastada dos holofotes desde o fim das eleições presidenciais, a ex-senadora Marina Silva, que ficou em terceiro lugar na corrida eleitoral, com 22,1 milhões de votos, escreveu um artigo defendendo que os políticos denunciados formalmente nos processos da Operação Lava Jato pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sejam afastados dos cargos.
A ex-ministra publicou o artigo “Justiça a tempo” [reproduzido abaixo] no Blog do colunista Matheus Leitão, hospedado no G1.

No artigo, Marina defende que a sociedade exija o afastamento dos políticos que ocupam cargos públicos e são alvo das investigações. “Quando as investigações resultarem em provas e denúncias formais ao Supremo Tribunal Federal, devemos exigir o afastamento dos que ocupam cargos cujos poderes possam interferir nas decisões. Mas desde já precisamos estar atentos contra qualquer tentativa de sabotagem”, alerta a ex-senador.

A crise instaurada entre o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e o Congresso Nacional – personificado na figura do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – também é alvo dos comentários de Marina. Para ela, “boa parte dos que saem gritando ‘fora Cunha’ parecem querer apenas aproveitar a oportunidade de apontar um novo inimigo público para desviar a atenção dos gritos de ‘fora Dilma'”.

Marina aponta que a responsabilidade pela crise político-econômica no Brasil deve ser repartida entre o Congresso Nacional o governo. “Neste momento, deveria predominar entre eles a consciência de que o Poder Legislativo é maior que seus membros, mesmo aqueles que ocupam cargos de direção”, afirmou a ex-senadora, num claro recado a Eduardo Cunha.

Na última sexta-feira (17), horas depois de oficializar o rompimento político com o Palácio do Planalto, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, autorizou CPIs que contrariam o governo. Ele afirma que a decisão não tem caráter revanchista.

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