Durante audiência da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado sobre os desafios da crise hídrica, o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin (PSDB), disse que a previsão para o Estado é de um
período de seca menos rigoroso. "Não tem mais nenhum risco em termos de
rodízio", declarou.
Acompanhado por parlamentares aliados, o
governador fez um balanço sobre o período mais duro da seca em São Paulo
- considerada a maior do último século - e como o governo enfrentou a
crise nos principais reservatórios da região metropolitana. O tucano
destacou a colaboração de 83% da população na economia de água e o fato
da indústria começar a utilizar água de reúso.
Aos senadores e
deputados, Alckmin defendeu a transposição e a interligação de bacias.
São Paulo, segundo ele, está investindo na transposição do Alto Tietê. O
governador também destacou a assessoria do governo japonês no trabalho
de redução de perdas do sistema de abastecimento e disse que a
implantação de 1.600 válvulas redutoras de pressão amenizaram os efeitos
crise hídrica. "Ninguém ficou sem água", disse.
A audiência
reúne em Brasília autoridades e entidades da área de saneamento básico. O
diretor do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs),
Walter Gomes, lamentou que investimentos em água para irrigação estão
sendo cortados para abastecer a população no Nordeste e que os açudes da
região terão dificuldades para chegar a 2016. "Cada dia é uma
dificuldade maior", afirmou.
Estadão Conteúdo
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