A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs nesta
quinta-feira uma redução na taxa das bandeiras tarifárias vermelhas para
4,50 reais para cada 100 quilowatt-hora consumido, ante os 5,50 reais
atualmente em vigor, uma queda de cerca de 18%. Se confirmado, o novo
valor valerá entre setembro e dezembro deste ano e deverá reduzir em 2%,
em média, a conta de luz dos consumidores residenciais, estimou o
diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.
Além disso, a Aneel espera que a queda no valor da bandeira vermelha
reduzirá em 1,7 bilhão de reais a arrecadação do sistema de bandeiras
até o fim do ano. As bandeiras tarifárias indicam para o consumidor o
custo na geração. As atuais bandeiras vermelhas sinalizam custos mais
elevados. Os recursos arrecadados com a bandeira cobrem custos de
geração das térmicas.
A proposta de redução apresentada pela Aneel decorre de solicitação
do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que na semana
passada mandou desligar 2 mil megawatts gerados em termelétricas que têm
custo de operação superior a 600 reais por megawatt-hora. A proposta
permanecerá em audiência pública entre os dias 14 e 24 de agosto. Depois
disso, a ideia da Aneel é aprovar a mudança no dia 28 deste mês para
que a nova taxa já entre em vigor em setembro.
Governo anuncia R$ 186 bilhões de investimento em energia elétrica.
Segundo Rufino, apesar de o desligamento das térmicas ter permitido a proposta de baixar o custo da bandeira vermelha, ainda não permite mudar a cor para amarela, na qual a taxa adicional corresponde a 2,50 reais para cada 100 quilowatt-hora.
Segundo Rufino, apesar de o desligamento das térmicas ter permitido a proposta de baixar o custo da bandeira vermelha, ainda não permite mudar a cor para amarela, na qual a taxa adicional corresponde a 2,50 reais para cada 100 quilowatt-hora.
“Não temos cenário para mudar a (cor da) bandeira nos próximos
meses”, disse Rufino. Ele lembrou que, para que a bandeira fique
amarela, é necessário desligar termelétricas com custo de operação
abaixo de 388 reais por MWh. “Como desligamos as térmicas com custo
acima de 600 reais, não é provável que se desligue as que estão abaixo
de 388 reais”, disse.
Rufino, porém, explicou que o valor da bandeira vermelha pode ser
alterado, como propõe a agência, em caso de fatos excepcionais, como foi
o caso da decisão do CMSE. Ele disse ainda que a Aneel pode
eventualmente reduzir o valor da bandeira vermelha se, por exemplo,
caírem as liminares judiciais que transferem custos dos geradores para
os consumidores.
Fonte: Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário