O governo negocia com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a
votação nesta quarta-feira (5) de uma proposta alternativa à intenção
inicial de dobrar a partir de 2016 o rendimento do saldo do FGTS (Fundo
de Garantia do Tempo do Serviço) dos trabalhadores.
Pelo projeto original patrocinado por Cunha, os depósitos feitos a
partir de 2016 seriam corrigidos pelas regras da poupança -hoje 6,17% ao
ano mais TR. A correção atual dos saldos do fundo é de TR, mais 3% ao
ano.
Temendo
um abalo no financiamento habitacional -e no programa Minha Casa, Minha
Vida-, que usa recursos do fundo, o governo tenta há semanas adiar a
votação da proposta.
Diante da resistência de Cunha, porém, negocia um meio-termo. Os
aliados do peemedebista apresentaram a seguinte proposta, que deve ser
levada a votação nesta quarta no plenário da Câmara.
Haveria uma elevação escalonada nos próximos três anos da correção
dos depósitos do FGTS, chegando-se à equiparação com as regras da
poupança em 2018.
Além disso, ficaria estabelecido que para evitar maiores impactos no
financiamento habitacional, os novos saques por demissão seriam feitos
prioritariamente a partir do estoque do fundo feito a partir de 2016
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