quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Desaceleração na área de petróleo e gás não ocorre só no Brasil, diz Mercadante

Tendência declinante persiste no RN (Foto: Agência Petrobras)O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse hoje (5) que a desaceleração das atividades de petróleo e gás não é exclusivamente brasileira, mas atinge as grandes empresas que atuam no setor no mundo. Admitiu porém que um segundo impacto, característico da desaceleração no Brasil, é provocado pelas denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras.
Segundo ele, os trabalhos de combate às irregularidades afetam hoje diretamente os investimentos, mas vão garantir ganhos, em médio prazo, de eficiência, governança e transparência.

“O combate à corrupção traz benefícios para a empresa e para a sociedade. [Com a Operação Lava Jato, da Polícia Federal] há uma recuperação [de recursos desviados] estimada em R$ 570 milhões, outros R$ 296 milhões já foram devolvidos e a meta de recuperação é R$ 6,2 bilhões”, disse. “A empresa vai ter retomada de eficiência, mas agora tem impacto sobre o PIB [Produto Interno Bruto]”, acrescentou.

Ao falar com deputados da Comissão de Minas e Energia da Câmara sobre a crise da indústria naval no Brasil provocada pelas denúncias envolvendo a estatal, o ministro destacou que o setor já representou 13% das riquezas produzidas no país, mas hoje sofre com “a queda de investimentos da Petrobras e na construção civil”.

Mercadante reiterou que grandes empresas do mundo, como Shell e Technobil, passaram por cortes de investimento em torno de 30% nos últimos meses. Segundo ele, o primeiro problema surgiu com o colapso das commodities em agosto de 2014. “[Elas] desabaram de preço sem perspectiva de recuperação porque o Irã voltou ao mercado de petróleo [com projeção de oferta alta do produto] e isso impacta todas as empresas de petróleo do mundo e impacta a Petrobras”, explicou.

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