Operadoras
de telecomunicações no Brasil pretendem entregar a autoridades locais
em dois meses um documento com embasamentos econômicos e jurídicos
contra o funcionamento do aplicativo WhatsApp, controlado pelo Facebook,
disseram à agência de notícias Reuters três fontes da indústria.
Uma das empresas do setor estuda também entrar com uma ação judicial
contra o serviço, afirmou uma das fontes. O questionamento a ser
entregue à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) será feito
contra o serviço de voz do WhatsApp, e não sobre o sistema de troca de
mensagens do aplicativo, disse a mesma fonte. A ideia é questionar o
fato de a oferta do serviço se dar por meio do número de telefone móvel
do usuário, e não através de um login específico como é o caso de outros
softwares de conversas por voz, como o Skype, da Microsoft.
O argumento das operadoras é que o número de celular é outorgado pela
Anatel e as empresas de telefonia pagam tributos para cada linha
autorizada, como as taxas do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações
(Fistel), o que não é feito pelo WhatsApp. De acordo com a consultoria
especializada Teleco, as operadoras pagam R$ 26 para a ativação de cada
linha móvel e R$ 13 anuais de taxa de funcionamento. Ontem, o ministro
Ricardo Berzoini (Comunicações), defendeu a regulamentação do WhatsApp e
também do Netflix no Brasil.
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