A Justiça Federal do Paraná condenou nesta segunda-feira (17) o
ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, os lobistas
Fernando Baiano Soares, ligado ao PMDB, e Julio Camargo delator que
acusou o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de
pressioná-lo por uma propina de US$ 5 milhões em 2011. Cunha não é réu
na ação. Ele detém foro privilegiado perante o Supremo Tribunal Federal
(STF) e está sob investigação da Procuradoria-Geral da República.
Moro comunicou sua decisão condenatória ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo. O juiz tomou essa medida para rechaçar a investida das defesas de Cerveró e Baiano que tentaram puxar o processo para a Corte máxima, sob alegação de que no processo sob a sua guarda houve a citação ao parlamentar.
Em sentença, o juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação
Lava Jato, impôs a Cerveró 12 anos, três meses e dez dias de reclusão
pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Esta é a
segunda condenação de Cerveró. Em maio, o juiz Moro aplicou cinco anos
de pena ao ex-diretor, pelo crime de lavagem de dinheiro na compra de um
apartamento de luxo em Ipanema, no Rio.
O doleiro Alberto Youssef, personagem central da Lava Jato, que também era acusado na mesma ação, foi absolvido.
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