A emissão de títulos prefixados e atrelados aos juros básicos fez a
Dívida Pública Federal (DPF) subir R$ 82,3 bilhões em agosto. De acordo
com dados divulgados há pouco pela Secretaria do Tesouro Nacional, a
dívida fechou o mês passado em R$ 2,686 trilhões, com alta de 3,16% em
relação a julho.
A dívida pública mobiliária – em títulos públicos – interna subiu
3,10%, de R$ 2,475 trilhões para R$ 2,552 trilhões. Isso ocorreu porque,
no mês passado, o Tesouro emitiu R$ 49,95 bilhões em títulos a mais do
que emitiu e incorporou R$ 26,78 bilhões em juros. O reconhecimento de
juros ocorre porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos
investidores é incorporada gradualmente ao valor devido.
A dívida pública externa encerrou agosto em R$ 134,32 bilhões, com
alta de 4,35% em relação ao valor de julho, quando tinha atingido R$
122,35 bilhões. O principal fator foi a alta de 7,45% do dólar em
relação ao real no mês passado.
Apesar do aumento em agosto, a DPF continua dentro das previsões do Tesouro. De acordo com o Plano Anual de Financiamento, a tendência é que o estoque da DPF encerre o ano entre R$ 2,65 trilhões e R$ 2,8 trilhões.
Por meio da dívida pública, o governo pega emprestado dos
investidores recursos para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a
devolver o dinheiro com alguma correção, que pode ser definida com
antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da
taxa Selic, da inflação ou do câmbio.
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