O Governador do RN, Robinson Faria,
emitiu nota na noite desta segunda (28) sobre a greve dos professores e
técnicos-administrativos da Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte (UERN), que dura 123 dias.
Em nota, Robinson "renova apelo ao
diálogo e pede o fim da greve da UERN". O texto explica, que desde o
início do ano, o Governo do RN, recebeu os grevistas por 14 vezes,
quando foi explicado as séries de dificuldades enfrentadas pelo Governo
por conta da crise, portanto, não seria possível o reajuste salarial.
"Está sendo buscado um novo entendimento que não implique em um aumento de despesas com a folha de pessoal", afirma.
Na nota, o Governador também esclarece que o Estado vem respeitando os repasses mensais para o custeio da universidade.
Segue nota na íntegra:
O Governo do Estado do RN dirige-se à
população, e em especial aos alunos, professores e servidores técnicos
da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), para prestar os
seguintes esclarecimentos a respeito da paralisação dos serviços da
instituição:
1 – Desde o início do ano, o governador Robinson Faria e secretários receberam os representantes da Universidade por catorze vezes, para ouvir e encaminhar os pleitos da instituição, entre eles o de reajuste salarial para os professores e técnicos administrativos, recebido mesmo diante do grave momento de crise econômica em todo o país. De janeiro para cá, foram seis audiências dos representantes da UERN diretamente com o governador e oito audiências com a secretária-chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha, em um claro sinal de diálogo aberto e permanente com a instituição;
2 – Apesar da exposição do governo a
respeito das sérias dificuldades financeiras enfrentadas e do
encaminhamento dos pleitos para a avaliação da área jurídica, os
professores optaram por deflagrar a greve em 25 de maio deste ano. No
dia 29 de maio, o Governo divulgou nota esclarecendo que aguardava os
pareceres técnicos para a aferição da viabilidade do reajuste. No
entanto, foi confirmado o impedimento para a concessão do aumento em
função de o Estado encontrar-se acima do Limite Prudencial da Lei de
Responsabilidade Fiscal, e não poder reajustar despesas com pessoal, sob
pena de incidir em ato de improbidade administrativa;
3 – Mesmo com o primeiro parecer
negativo, está sendo buscado um novo entendimento, que não implique em
aumento de despesas com a folha de pessoal. Ou seja, a negociação
permanece, respeitando os trâmites necessários. Não há fechamento do
diálogo nem necessidade de pressão do movimento paredista para que haja
prosseguimento na análise;
4 – Ao longo dos quatro meses pelos
quais se estende a greve, o governo vem respeitando os repasses mensais
para o custeio da universidade e o pagamento dos salários de professores
e servidores, que já somam o montante de R$ 58,8 milhões somente entre
junho e setembro, período em que a universidade permaneceu em
paralisação. Deste montante, R$ 56,6 milhões foram gastos com folha de
pessoal;
5 - Importante ressaltar que
diferentemente de outros órgãos do Governo, a UERN não sofreu qualquer
contingenciamento orçamentário. No entanto, os valores que deveriam
estar custeando o estudo e aprendizado de cerca de 15 mil estudantes vêm
sendo pagos sem o devido retorno com a prestação dos serviços.
O Governo do Estado se solidariza com os
alunos da instituição e renova o apelo aos professores e servidores da
UERN para que retornem ao trabalho, evitando o prolongamento de uma
greve que soma prejuízos irreparáveis não somente aos estudantes, mas a
toda a sociedade. Que prevaleça o sentimento de união e
responsabilidade. É preciso garantir o retorno ao aprendizado dos
milhares de estudantes e a preservação da UERN, um patrimônio do povo
potiguar.
Governo do Estado do Rio Grande do Norte
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