O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), estendeu
por mais 30 dias o prazo para que o presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresente sua defesa à corte. Em agosto, Cunha
foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava
Jato.
O prazo passará a contar a partir da publicação da decisão no
Diário da Justiça, o que está previsto para ocorrer nos próximos dias.
De acordo com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Eduardo
Cunha recebeu US$ 5 milhões para viabilizar, em 2006 e 2007, a
contratação de dois navios-sonda pela Petrobras com o Estaleiro Samsung
Heavy Industries. De acordo com a Agência Brasil, o negócio foi
formalizado sem licitação e ocorreu com intermediação do empresário
Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, preso há nove meses em
Curitiba, e do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor
Cerveró. Todos são investigados pela Operação Lava Jato.
O caso foi
descoberto após depoimento de Júlio Camargo, que fez acordo de delação
premiada. Conforme a denúncia, Camargo também participou do negócio e
recebeu US$ 40,3 milhões da Samsung Heavy Industries para efetivar a
contratação. A denúncia foi rebatida com “veemência” por Eduardo Cunha,
que chamou de “ilações” os argumentos apresentados por Janot. Na época, o
deputado se disse inocente e aliviado, “já que o assunto passava para o
Poder Judiciário”.
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