A ex-senadora Marina Silva, à frente do mais novo partido político, a
Rede Sustentabilidade, disse nesta quinta-feira (8) durante lançamento
oficial da bancada do partido no Congresso, que a sigla ainda avaliará,
no decorrer do processo, se apoiará ou não pedidos de afastamento da
presidente Dilma Rousseff e do presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Temos de ter muita responsabilidade com os
destinos da nação. Temos uma situação inédita: a presidente da República
tendo suas contas não aprovadas, a abertura de processo no TSE quanto
às denúncias de irregularidades em sua campanha, e os dois presidentes
das duas casas legislativas (Cunha e Renan Senado/PMDB-AL, presidente do
Senado) denunciados por envolvimento nas investigações da Lava
Jato".
Marina disse que vem alertando desde a campanha presidencial de
2010 sobre os riscos de o País perder a estabilidade econômica, os
programas de inclusão social e até mesmo quanto à fragilidade da
democracia por causa "do atraso na política". "O Brasil não pode
continuar numa situação de baixo crescimento, inflação e perda de
emprego por causa da crise política que está acontecendo", concluiu a
ex-senadora.
Marina reforçou que o novo partido vai se pronunciar sobre
as pedaladas fiscais nas contas do governo de 2014 no mérito e que vai
aguardar a análise do processo no Congresso. Ela destacou também que
este não é o momento para se produzir frases de efeito, mas sim de olhar
com senso de responsabilidade" as denúncias envolvendo Dilma, Cunha e o
presidente do senado, Renan Calheiros, também investigado na Operação
Lava Jato. "Não vamos ter dois pesos e duas medidas".
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