sábado, 7 de maio de 2016

Morre em SP oficial acusado de torturar Dilma Rousseff


Homero Cesar Machado, um dos homens acusados pela presidente Dilma Rousseff de tê-la torturado nas dependências da Operação Bandeirante (Oban), em 1970, morreu na quinta-feira (5) em São Paulo. Eram 5h50. O coronel de artilharia do Exército tinha 75 anos e estava em seu apartamento na Rua Joinville, no Paraíso, na zona sul de São Paulo. Sofreu um enfarte.

Machado nasceu em 5 de setembro de 1940. Entrara no Exército em 1956 e permaneceu no serviço ativo até 1984. Durante o período de um ano - setembro de 1969 a setembro de 1970 - ele comandou a equipe de interrogatório C da Oban, órgão criado em 27 de junho de 1969 em São Paulo para combater os grupos que decidiram se opor clandestinamente à ditadura militar.

Homero, como era conhecido, foi ouvido pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) em 1.º de setembro de 2014. Desde 1979 era acusado por ex-presos políticos de ter chefiado sessões de tortura de prisioneiros em busca de informações que levassem ao desmantelamento de organizações como a Ação Libertadora Nacional (ALN), a Ação Popular (AP) e a Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares (VAR-Palmares).

Em 16 de janeiro de 1970, seus colegas liderados pelo capitão Maurício Lopes de Lima capturaram Dilma em São Paulo, então militante da VAR-Palmares. Mais tarde, Dilma acusaria de tortura Homero. Lima e o major Benoni de Arruda Albernaz.

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