O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
pode apresentar sua renúncia ao cargo no dia 11 de julho, antes da
votação do relatório sobre seu processo de cassação na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ). De acordo com O Globo, aliados do
peemedebista informaram que a renúncia seria um “gesto de boa vontade”
para tentar evitar que ele seja cassado. O ato seria semelhante ao do
senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que renunciou à presidência da Casa
em 2007 para não perder o mandato.
As contas dos líderes da Câmara
apontam que Cunha teria ao menos 28 votos a seu favor na CCJ. Porém,
para aprovar o recurso apresentado por ele e atrasar ainda mais o
processo, ele precisaria de 34 deputados dispostos a ajuda-lo.
Auxiliares na defesa de Cunha junto ao Supremo Tribunal Federal (STF)
afirmam que a manutenção do mandato não é o único interesse do
parlamentar.
A sua renúncia do cargo também faria com que seus processos
deixassem de ser julgados pelo plenário do STF, reservado apenas aos
presidentes da Câmara e do Senado, passando para a Segunda Turma,
comandada pelo ministro Gilmar Mendes, que possuiria boa relação com
Cunha. Além disso, como os julgamentos da Segunda Turma não são
televisionados, a pressão para os ministros que absolvessem Cunha seria
menor.
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