sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Alckmin acena para Paulo Câmara, de olho em 2018


Um dos nomes mais cotados para a disputa presidencial de 2018, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), fará um gesto em busca de uma vitrine para o Nordeste, na próxima segunda-feira. Conhecida por dar resultados pífios aos tucanos nas eleições para o Governo Federal, a região receberá doação do governo paulista de bombas para ajudar no combater a seca. A ponte para o afago seria, justamente, o governador Paulo Câmara (PSB), que nutre uma relação de proximidade com o gestor paulista. Ele e o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), foram convidados para o ato, mas ainda não confirmaram presença.

O convite aos governadores do PSB não seria somente um gesto ao Nordeste, mas também um indicativo da aproximação entre Alckmin e a agremiação. Nos últimos meses, o tucano paulista vem adotando uma posição cada vez mais independente em relação ao Palácio do Planalto e ao próprio PSDB. Ele é contra a ampliação de espaços do seu partido no governo Temer e é favorável a uma postura de apoio crítico. Nos bastidores, especulações dão conta de que a ida para o PSB seria o plano B de Alckmin, caso o PSDB feche as portas para ele na disputa presidencial. Em um outro cenário, ele teria o apoio da legenda socialista, cobiçado pelas principais agremiações.

Questionado sobre a possibilidade de Alckmin migrar para o PSB, Paulo Câmara reconheceu o bom relacionamento com o tucano, mas afastou a possibilidade. "O governador Geraldo Alckmin tem uma posição muito sólida com o partido dele e cabe a ele conversar e decidir. Já a questão do PSB e a filiação não estão nem dentro das discussões do PSB e também acredito que não esteja na pauta de Alckmin", despistou.

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