O
aumento da carga tributária do setor de bebidas frias será feita de
forma escalonada em três vezes, informou, nesta segunda-feira, a Receita
Federal. A elevação de impostos para cervejas, refrigerantes e
isotônicos, no entanto, ainda não tem data nem os percentuais definidos.
“Vai ser escalonado, mas não se decidiu sobre os percentuais”, disse o
coordenador de estudos tributários e aduaneiros da Receita Federal,
Claudemir Rodrigues.
Em abril, o governo havia anunciado a
alta de IPI e do PIS/Cofins sobre o setor, com expectativa de receitas
extraordinárias de R$ 1,5 bilhão. A elevação começaria a vigorar em 1º
de junho.
Mas, em 13 de maio, o governo voltou
atrás após os fabricantes ameaçarem subir os preços dos produtos, o que
dificultaria ainda mais o trabalho da área econômica no controle da
inflação. “Será uma Copa sem aumento de preços de bebidas”, disse o
ministro da Fazenda, Guido Mantega, na ocasião. Mantega havia dito ainda
que a alta dos impostos, quando fosse adotada, ocorreria de forma
gradual, a partir de setembro.
Em meio ao cenário de atividade
econômica fraca, a Receita Federal reduziu ontem a projeção de
crescimento da arrecadação em 2014. A estimativa de expansão real neste
ano foi cortada para “em torno” de 3%, ante projeção anterior da faixa
de 3% a 3,5%.
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