O irmão do ex-ministro da Casa Civil
José Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, reconheceu em depoimento
prestado à Operação Lava Jato que recebeu entre 2012 e 2013 "cerca de R$
30 mil" mensais do lobista Milton Pascowitch, que atuava como
intermediário do pagamento de propinas em negócios na Petrobras.
No depoimento, tomado na 17ª fase da
Lava Jato, denominada Pixuleco, que levou Dirceu à prisão na última
segunda-feira (3), o irmão do ex-ministro afirmou que Pascowitch lhe
dizia que os valores eram "a título de ajuda para despesas variadas" e
que as pendências seriam "resolvidas posteriormente". Ele não soube
dizer a origem do dinheiro.
Trechos do depoimento de Luis Eduardo
foram transcritos pelo delegado da Polícia Federal Márcio Adriano
Anselmo, da Lava Jato, em pedido de prorrogação de prisão temporária
protocolado pelo delegado contra Luiz Eduardo, o ex-assessor de Dirceu
Roberto Marques, Pablo Alejandro Kipermist e o empresário Julio Cesar
dos Santos.
Em decisão no início da noite desta
sexta-feira (7), o juiz federal Sergio Moro decidiu pela prorrogação das
prisões dos três primeiros, até o próximo dia 12, mas ordenou a soltura
de Santos e de um irmão do empresário Fernando Moura, Olavo de Moura
Filho.
Na mesma decisão, Moro tratou da questão
dos pagamentos de Pascowitch: "[Luiz Eduardo] aparentemente admitiu
vários fatos relevantes para as investigações, como, ilustrativamente, o
recebimento de pagamentos mensais de R$ 30 mil de dinheiro em espécie
de Milton Pascowitch, embora o depoente alegue que não conhecia a origem
ou o motivo dos pagamentos".
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