O governo federal deve conceder novo reajuste no preço da gasolina até o
dia 21 de outubro, data em que acontece o primeiro leilão do campo de
petróleo e gás natural oriundo da camada de pré-sal em Libra (SP). O
desejo de parte da equipe econômica seria de que o preço cresça cerca de
8% nas refinarias até a realização do leilão, que será realizado sob o
regime de partilha. A Petrobras será a operadora, com 30% de
participação mínima em todos os blocos que forem adquiridos por
companhias privadas.
Com o aumento do preço, a situação financeira da
Petrobras deve melhorar imediatamente, uma vez que poderá repassar ao
mercado interno o combustível adquirido do exterior a um preço maior.
Técnicos do governo convergem para o fato de que o encarecimento da
gasolina também servirá como estímulo indireto ao setor sucroalcooleiro.
Mais barato nas bombas, o etanol pode compensar o incremento aos
consumidores.
Além disso, a composição da gasolina no Brasil tem 25% de
etanol na mistura, o que diminui o repasse da alta de preços nas
refinarias para as bombas nos postos de combustíveis. Com o argumento da
inflação, por outro lado, segmentos do governo ainda defendem que o
reajuste seja postergado ao menos até o fim do ano ou concedido apenas
em janeiro de 2014.
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