O Ano da Fé, convocado por Bento XVI e aberto em 11 de outubro de
2012, cinquenta anos após o Concílio Vaticano II e vinte após o
Catecismo da Igreja Católica, chegou ao fim neste domingo, 24, com a
missa de encerramento celebrada pelo Papa Francisco, na Praça São Pedro.
Além das dezenas de milhares de fiéis, 1.200 patriarcas e arcebispos
das Igrejas católicas de rito e tradição oriental, além de cardeais,
bispos e sacerdotes participaram da cerimônia, que teve caráter solene.
Francisco começou sua homília justamente recordando que neste
domingo, em que a Igreja também celebra a solenidade de Cristo Rei, um
pensamento cheio de carinho e gratidão deve ser dirigido ao Papa
emérito: “Com a iniciativa do Ano da Fé, Bento XVI nos ofereceu a
oportunidade de redescobrirmos a beleza do caminho de fé que teve início
no dia do nosso Batismo e nos tornou filhos de Deus e irmãos na
Igreja”.
“Jesus é o centro da criação”, disse o Papa comentando a segunda
leitura. “Assim sendo, a atitude que se requer do crente – se o quer ser
de verdade – é reconhecer e aceitar na vida esta centralidade de Jesus
Cristo, nos pensamentos, nas palavras e nas obras. Quando se perde este
centro, substituindo-o por outra coisa qualquer, disso só derivam danos
para o meio ambiente que nos rodeia e para o próprio homem”.
A primeira leitura, por sua vez, mostrou que além de ser centro da
criação, Cristo é centro do povo de Deus. Descendente do rei David, é o
“irmão” ao redor do qual se constitui o povo, que cuida do seu povo, de
todos nós, a preço da sua vida. “Nele, nós somos um só; unidos a Ele,
partilhamos um só caminho, um único destino”, lembrou o Bispo de Roma.
Por fim, Cristo é o centro da história da humanidade e de cada homem:
“A Ele podemos referir as alegrias e as esperanças, as tristezas e as
angústias de que está tecida a nossa vida. Quando Jesus está no centro,
até os momentos mais sombrios da nossa existência se iluminam: Ele
dá-nos esperança, como fez com o bom ladrão no Evangelho deste domingo”.
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