sábado, 16 de novembro de 2013

Trabalhadores negros recebem 36,1% menos conforme pesquisa

No mês em que se celebra o dia da Consciência Negra os números mostram que há mais motivos para lutas de que para comemorações. Pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revela que, independente da região ou escolaridade, o trabalhador negro no Brasil recebe salário 36,1% menor do que o não negro.

O estudo foi realizado entre 2011 e 2012 nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Distrito Federal, Fortaleza, Recife, Salvador e Porto Alegre e mostra que a diferença entre os salários é maior nos cargos de chefia. Ocupações menos valorizadas como serventes, pedreiros, pintores, trabalhadores braçais em construções, faxineiros, camareiros, lixeiros e empregados domésticos ainda são as que registram maior presença de negros, de acordo com o Dieese.

A pesquisa ressalta a importância das políticas afirmativas implantadas nas universidades brasileiras nos últimos anos e sugere a criação de cotas para negros também nas empresas. No início do mês a presidenta Dilma Rousseff enviou para o Congresso Nacional um projeto de lei que pretende destinar 20% das vagas em concursos públicos para candidatos negros.

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