sexta-feira, 27 de junho de 2014

Dois médicos são presos por exercício ilegal da profissão em hospitais da Paraíba

Identidades foram divulgadas por MPPB e Polícia CivilDois homens foram presos apontados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público da Paraíba por exercício ilegal da medicina em João Pessoa e em Pilar, a 55 km da Capital, na Zona da Mata paraibana.

De acordo com informações do MPPB e da Polícia Civil, Adailton Alves de Medeiros e Aderilton Alves de Medeiros, pai e filho, são os acusados. Segundo as investigações do MPPB e da Civil, o médico Adailton Alves mantinha dois contratos com a prefeitura de Pilar, um para prestar serviço em unidade de saúde da família e outro como plantonista no Hospital Maria do Carmo Carneiro Borges, porém é o filho dele, Aderilton Alves, quem efetivamente prestava os serviços contratados.

Conforme as investigações, Aderilton Alves se formou em medicina na Universidad Tecnica Privada Cosmos, na Bolívia, mas não conseguiu revalidar o diploma no Brasil, tendo tirado nota zero no exame de revalidação. Como não teve o diploma revalidado por universidade brasileira, Aderilton não possui registro no Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) e utiliza a identidade do pai, com a anuência dele, assinando prescrições de medicamentos, requisições de exames e prontuários. Em Pilar, Aderilton se identificava como Adailton, utilizando inclusive o carimbo do pai, que contém o número do registro no CRM-PB.

Após serem ouvidos, os dois homens presos serão encaminhados ao 5º Batalhão da Polícia Militar, em João Pessoa.

Segundo o promotor de Justiça substituto de Pilar, Romualdo Tadeu Araújo, Aderilton Alves e Adailton Alves são acusados dos crimes de exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica e falsa identidade. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos apartamentos dos dois presos e no hospital de Pilar. O objetivo da operação é coletar provas e aprofundar a investigação para apurar possível participação de terceiros.
 
A investigação durou quatro meses e a operação batizada de ‘Operação Falsários’ contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba.
 
Portal Correio 

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