Dois homens foram presos apontados pela Polícia Civil e pelo
Ministério Público da Paraíba por exercício ilegal da medicina em João
Pessoa e em Pilar, a 55 km da Capital, na Zona da Mata paraibana.
De
acordo com informações do MPPB e da Polícia Civil, Adailton Alves de
Medeiros e Aderilton Alves de Medeiros, pai e filho, são os acusados.
Segundo as investigações do MPPB e da Civil, o médico Adailton Alves
mantinha dois contratos com a prefeitura de Pilar, um para prestar
serviço em unidade de saúde da família e outro como plantonista no
Hospital Maria do Carmo Carneiro Borges, porém é o filho dele, Aderilton
Alves, quem efetivamente prestava os serviços contratados.
Conforme
as investigações, Aderilton Alves se formou em medicina na Universidad
Tecnica Privada Cosmos, na Bolívia, mas não conseguiu revalidar o
diploma no Brasil, tendo tirado nota zero no exame de revalidação. Como
não teve o diploma revalidado por universidade brasileira, Aderilton não
possui registro no Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) e
utiliza a identidade do pai, com a anuência dele, assinando prescrições
de medicamentos, requisições de exames e prontuários. Em Pilar,
Aderilton se identificava como Adailton, utilizando inclusive o carimbo
do pai, que contém o número do registro no CRM-PB.
Segundo
o promotor de Justiça substituto de Pilar, Romualdo Tadeu Araújo,
Aderilton Alves e Adailton Alves são acusados dos crimes de exercício
ilegal da medicina, falsidade ideológica e falsa identidade. Os mandados
de busca e apreensão foram cumpridos nos apartamentos dos dois presos e
no hospital de Pilar. O objetivo da operação é coletar provas e
aprofundar a investigação para apurar possível participação de
terceiros.
A investigação durou quatro meses e a operação batizada
de ‘Operação Falsários’ contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial
Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba.
Portal Correio
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