Motoristas de ônibus que trabalham no transporte público de Natal
realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira (25) no cruzamento
das avenidas Bernardo Vieira e Senador Salgado Filho, na zona Leste da
capital. Os trabalhadores reivindicam mais segurança. O estopim para a
paralisação foi o esfaqueamento de um motorista durante uma tentativa de
assalto no bairro das Rocas. Ônibus também pararam no bairro da Ribeira
e Centro da cidade. Segundo Nastagnan Batista, presidente do Sindicato
dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário (Sintro-RN), cerca de 400
veículos deixaram de rodar por 2 horas.
De acordo com Paulo César Ferreira, que é delegado regional do Sintro, a
categoria quer mais segurança. "Os bandidos estão soltos e os
trabalhadores é que estão presos", disse. "Um pai de família não pode
mais sair da casa com segurança, não pode mais trabalhar com segurança",
acrescentou.
Ao G1, Paulo explicou que a média é de um assalto a
ônibus por dia na capital potiguar. "Os assaltos são rotina. A média é
de um assalto por dia, sem contar o transporte alternativo e aqueles
casos em que o motorista não registra o boletim de ocorrência", afirmou.
Sobre o motorista esfaqueado nas Rocas, o representante do sindicato
disse que o crime aconteceu na noite desta quinta-feira (24). O
funcionário foi levado para o Hospital dos Pescadores, no bairro das
Rocas. Ele recebeu o atendimento médico e foi liberado.
Segundo Nastagnan Batista, presidente do Sintro, uma reunião no
Ministério Público do RN está marcada para esta segunda-feira (28) para
discutir a segurança para os trabalhadores do transporte público.
"Precisamos apronfundar o debate dessa questão da segurança com os
órgãos responsáveis. É importante esse debate com a Semopi (Secretaria
Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura), Semob (Secretaria
Municipal de Mobilidade Urbana) e Polícia Militar, para que possamos
garantir a segurança para os trabalhadores", disse.
Ciosp não registra ocorrência
Segundo o coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, o assalto que
terminou com o esfaqueamento do motorista não foi registrado no Centro
Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp). "Não tivemos o
registro da ocorrência, mas dialogamos com a categoria e entendemos o
protesto", disse.
Ainda de acordo com ele, parte da avenida Bernardo Vieira, que havia
sido bloqueada durante a manifestação, já foi liberada. "Conversamos com
os representantes e conseguimos junto aos motoristas que o fluxo de
veículos fosse liberado", completou.
G1
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