quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Terremoto de Fukushima, no Japão, alterou a gravidade da Terra

O satélite GOCE da Agência Espacial Europeia revelou algo impressionante ontem, 3 de dezembro.
Segundo estudos, o terremoto que devastou Fukushima em 2011, deixou sua marca na gravidade do planeta – mostrando o poder devastador da movimentação das placas tectônicas.
O GOCE mapeou a gravidade da Terra por 4 anos com uma precisão nunca antes alcançada. Os cientistas não esperavam encontrar os dados captados e ficaram surpreendidos.
As análises mostraram, com dados revistos e muito precisos, que o terremoto de 9,0 graus na escala Richter que atingiu o leste do Japão na ilha de Honshu no dia 11 de março de 2011, afetou a gravidade.
Os cientistas descobriram que grandes terremotos não só deformam a crosta terrestre, mas também causa perturbações e mudanças na gravidade. Existe uma série de razões pelas quais os valores de gravidade variam. De acordo com o estudo, isso é consequência do material no interior da Terra que é heterogênio e desigual.
A Física nos mostra que a gravidade é uma constante. Essa suposição é conhecida e difundida por inúmeros professores. Mas, o estudo mostrou que a força da gravidade varia dependendo da distribuição desigual do material do centro da Terra.
Os terremotos sob os oceanos, como o que ocorreu no Japão, podem alterar a forma do fundo do mar. Isso desloca água e altera o nível do oceano, que por sua vez, altera a gravidade.
O satélite, que já não orbita mais o planeta, ficou sem combustível e reentrou na atmosfera da Terra, desintegrando-se. Apesar de não existir mais, os cientistas estão apenas começando a analisar a grande quantidade de dados que ele deixou.
O satélite GOCE revolucionou o estudo ao conseguir captar, em tempo real, as mudanças na gravidade. Ao que tudo indica, a mudança foi influenciada por deformações em rochas subterrâneas. Os impactos internos foram tão fortes que ondas sonoras, referentes aos movimentos tectônicos, foram capturadas pelo satélite.

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