A transexualidade, que atualmente é considerada pela Organização Mundial
da Saúde (OMS) como um tipo de distúrbio mental, está muito próxima de
deixar de ser uma doença. Na nova versão da lista de doenças que orienta
a saúde em todo o mundo, a CID-11 (Classificação Internacional de
Doenças), editada pela OMS, deverá eliminar o espectro da identidade de
gênero da lista de enfermidades.
Vários comportamentos tidos hoje como
transtornos, como o sadomasoquismo e o travestismo fetichista, serão
varridos da CID. Outros, como a transexualidade, vão mudar de categoria.
Os trans, por exemplo, vão ganhar um novo capítulo, longe das doenças,
que deve reunir outras “condições relativas à sexualidade”, ainda a
serem definidas. A ordem é “despatologizar” o sexo.
“Comportamentos
sexuais que são inteiramente privados ou consensuais e que não resultem
em danos às outras pessoas não devem ser considerados uma condição de
saúde. Não há razão para isso”, disse à Folha Geoffrey Reed, diretor de
saúde mental da OMS. A questão, porém, é complexa. Existe o temor que
ao, perder a classificação de doença, esses comportamentos deixem de ser
cobertos pelos sistemas de saúde.
No Brasil, por exemplo, os
transgêneros têm direito a cirurgias de mudança de sexo e outras
terapias no SUS.
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