O
Governo do Estado dará início às aulas dos alunos da rede pública no
próximo dia 22 de janeiro. Porém, os estudantes que forem às suas
respectivas escolas podem correr o risco de não encontrar professor em
sala de aula. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação
Pública (Sinte-RN), a Secretaria de Estado da Educação (Seec) quebrou um
acordo com a categoria e, por isso, a greve dos professores será
oficializada.
“No
dia agendado para começar o ano letivo, nós (Sinte) estaremos
realizando uma assembleia com os professores para deflagrar a greve. Não
há alternativa. O Estado quebrou um acordo conosco e, em consequência
disso, iremos paralisar”, afirmou a coordenadora geral do sindicato,
Fátima Cardoso.
Segundo
a sindicalista, “mesmo que o Governo venha a adiar o início do ano
letivo, a greve será deflagrada”. “Não importa se eles irão manter o
início do calendário letivo no dia 22 de janeiro. Mesmo que adiem, nós
também adiaremos a assembleia. A data oficial de início das aulas será a
data que deflagraremos a greve”, reforçou Cardoso.
A
justificativa para a paralisação da categoria, conforme explicou Fátima
Cardoso, é o não atendimento às pautas de reivindicação. O Sinte/RN vem
negociando com o Governo do Estado desde setembro do ano passado,
quando foi firmado acordo que previa o atendimento a pautas como revisão
do Plano de Carreira do Magistério, redimensionamento do porte das
escolas e gratificação dos diretores, complementação na base salarial
dos funcionários da educação e convocação de concursados.
“O
indicativo de greve já está definido. Fizemos diversas assembleias,
enviamos ofício ao Governo do Estado comunicando a decisão e até agora
não obtivemos nenhuma resposta do Governo. Nem mesmo para tentar uma
nova negociação. O Estado negligenciou demais. Nós demos tempo e
oportunidade para o Governo resolver esses problemas, mas infelizmente
estamos esgotados. Não nos resta outra alternativa”, disse Fátima.
A
reportagem tentou ouvir a secretária responsável pela pasta da Educação
no RN, Betânia Ramalho. Por telefone, ela informou que estava viajando,
na estrada para João Pessoa, e por isso não daria para continuar a
ligação. Até o fechamento desta edição, não conseguimos contato com
ninguém da Secretaria.
Após
sucessivas tentativas de negociação com o Governo, o Sindicato dos
Trabalhadores em Educação enviou um documento à secretária Betânia
Ramalho enumerando todas as questões que obrigam a categoria da rede
estadual a deflagrarem greve logo no início de 2014.
No
documento, o Sindicato esclarece todos os pontos reivindicados e
responsabiliza o Governo pela paralisação e por suas consequências para a
educação pública em pleno ano de Copa do Mundo. Entre os itens que
foram acordados no ano passado e não foram cumpridos estão: a revisão do
Plano de Carreira do Magistério; pagamento de três Letras para os
professores; redimensionamento do porte das escolas e gratificação dos
professores.
Além
disso, a categoria ainda cobra por mecanismos de concessão de
licenças-prêmio; ajuste do déficit na correção salarial de 2013;
complementação na base salarial dos funcionários da educação e
convocação dos concursados.
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