O Barcelona
finalmente explicou em detalhes o contrato de Neymar. Nesta sexta-feira,
na primeira entrevista coletiva do novo presidente Josep María
Bartomeu, o clube esclareceu as cláusulas que estavam sob
confidencialidade.
O
diretor Raul Sanllehi, responsável pelos contratos do clube, pediu a
palavra e, em uma apresentação de slides, mostrou os detalhes da
operação, que custou - segundo o que foi mostrado - 86,2 milhões de
euros.
O valor
divulgado nesta sexta inclui bônus pela contratação, além de cláusulas
como a prospecção de jovens jogadores, um repasse ao Instituto Neymar
Junior e comissões ao pai do jogador.
São,
detalhadamente e com valores em euros: 40 milhões para a empresa N&N
e 17,1 milhões ao Santos, como o clube havia divulgado antes.
Entre os
pagamentos confidenciais, estão 10 milhões de luvas pela assinatura do
contrato, 44 milhões de salários pelo período de 5 anos de contrato (8,8
milhões de euros anuais), além de 2,7 milhões repassados ao agente de
Neymar, no caso o pai do jogador; há ainda 4 milhões de euros de
direitos comerciais, 2,5 milhões repassados aos Instituto Neymar Junior,
7,9 milhões por três atletas do Santos e 2 milhões para que a N&N
ajude a buscar novos jogadores no clube da Baixada.
Para efeitos
legais - repasse ao Santos e à DIS, por exemplo - o Barcelona mantém o
número anterior. "Esses valores incluem bônus e salários. Continuamos
reafirmando que Neymar custou 57,1 milhões", disse o novo presidente
Josep Maria Bartomeu.
O valor
mostrado nesta sexta é 29,1 milhões mais alto que os 57,1 milhões
inicialmente anunciados pelo Barcelona. E 8,9 milhões de euros menor que
o publicado pelo diário El Mundo, que publicou na segunda-feira uma
reportagem dando supostos detalhes sobre o acordo.
A reportagem do
El Mundo, aliada à investigação da Justiça Espanhola sobre uma possível
apropriação indébita no negócio, fez com que o presidente Sandro Rosell
se demitisse do cargo de presidente, na quinta-feira.
Segundo o novo
presidente, o pai de Neymar autorizou que as cláusulas confidenciais
fossem desveladas. "Ele nos deu uma autorização para que mostrássemos o
contrato, porque considera injusto tudo o que aconteceu", disse o
presidente.
Márcio Melo
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