Durante a forte chuva que atingiu a
cidade de São Paulo na tarde desta sexta-feira, uma parte da cobertura
da Arena Palestra, novo estádio do Palmeiras, caiu. Em contato com o UOL Esporte,
a WTorre, responsável pela construção, afirmou que não havia operários
no local porque, logo quando começou o temporal, os funcionários foram
retirados do canteiro de obras por questões de segurança.
A forte chuva que atingiu a capital
paulista na tarde desta sexta-feira já havia forçado o Palmeiras a
cancelar os treinamentos, no CT que fica no bairro da Barra Funda, por
conta dos raios e trovoadas. Além disso, diversos pontos da cidade
entraram em estado de alerta. O bairro da Pompeia, região da Arena
Palestra, ficou com pontos de alagamento e falta de luz.
Este é o segundo acidente que acontece
na construção do estádio palmeirense. No primeiro semestre de 2013, um
funcionário morreu após cair de uma viga que desabou.
"Por volta das 17 horas desta desta
sexta-feira, a chuva e o vento forte que atingiram a região oeste da
cidade de São Paulo levaram a uma paralisação imediata das obras da nova
Arena do Palmeiras. Uma peça da cobertura que ainda não estava
totalmente fixada foi deslocada pelo vento. Não houve outros danos
materiais e ninguém ficou ferido. O ocorrido não altera o cronograma da
obra", informou a construtora em nota oficial.
Além disso, este também é o segundo
acidente que atinge as obras dos novos estádios da cidade de São Paulo
em menos de dois meses. Em novembro de 2013, um guindaste caiu enquanto
içava parte da cobertura do Itaquerão, duas pessoas morreram. Por conta
da tragédia, os trabalhos no estádio do Corinthians ficaram suspensos
durante um período.
Recentemente, a WTorre finalizou a
construção da estrutura que vai receber a cobertura da nova arena. A
cobertura do Allianz Parque possui 23 mil metros quadrados e foi
projetada sobre 100% dos assentos. Segundo a construtora, a cobertura
irá reduzir em até 2ºC a temperatura entre o nível do campo e as
cadeiras superiores.
Além disso, a área terá a captação de
água das chuvas, cumprindo uma função ambiental. A água captada será
tratada e utilizada em atividades como a irrigação do gramado e lavagem
de pisos externos. O volume coletado será espalhado pelo complexo, com
capacidade de cerca de 200 mil litros.
A Arena deverá custar no total R$ 500
milhões, superando em R$ 200 milhões a conta inicial. Até o início deste
ano, a conta já estava estimada em R$ 350 milhões. A previsão inicial
de término da obra também não foi cumprida, já que o estádio deveria ter
sido entregue no segundo semestre de 2013. Agora, está prevista para
junho deste ano.
A seguradora Allianz pagou R$ 300
milhões para dar o nome ao estádio palmeirense por 20 anos. A tendência é
que esse vínculo seja renovado por mais 10 anos, que é o prazo que a
WTorre terá controle da casa alviverde. O estádio terá capacidade para
até 45 mil torcedores em dias de jogos, e até 55 mil pessoas em eventos e
shows.
Márcio Melo
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