quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Governo quer limitar preço de remédio similar

O Ministério da Saúde pretende fixar um teto máximo para o preço dos medicamentos similares, em até 65% do remédio de referência de cada categoria, a exemplo do que vale hoje para os genéricos.

A proposta, anunciada nesta quinta-feira (16) pelo ministro Alexandre Padilha (Saúde), depende da aprovação da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) –colegiado presidido pelo titular da Saúde e cuja secretaria-executiva é ocupada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O governo não consegue medir, porém, o impacto exato da instituição desse teto nos preços. Isso porque são regulados os preços máximos dos medicamentos, mas o preço no balcão costuma variar a depender da concorrência em cada categoria e do modelo de negócios adotado.

O anúncio acompanhou o lançamento de uma consulta pública da Anvisa que pretende mudar as regras de venda dos remédios similares, aproximando essa categoria dos populares genéricos, como antecipado pela Folha em dezembro do ano passado.

Segundo a consulta, que será publicada nesta sexta (17) e ficará aberta por 30 dias, os medicamentos similares terão intercambialidade com os remédios de referência. Isso significa que poderão ser oferecidos, pelo farmacêutico ao paciente, como substituto ao remédio de referência –intercambialidade que, hoje, só é liberada ao genérico.

Medicamentos de referência são aqueles tidos como inovadores, que apresentam estudos de eficácia e segurança à Anvisa no momento do registro. Já genéricos e similares são cópias do remédio de referência. E, até o final de 2014, os similares deverão apresentar os mesmos estudos que atestam sua equivalência ao produto de referência já cobrados hoje dos remédios genéricos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário