sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Raphinha elogia laterais mais velhos e respeita a fila: 'Estou só começando'

Abel Raphinha Inter São Paulo-RG São Paulo-RS (Foto: Alexandre Lops/Divulgação Inter)Ao contrário de seu colega da direita Cláudio Winck, o lateral-esquerdo Raphinha sofre com mais concorrência ao olhar para cima e avistar o sonho de fincar pé no grupo profissional. Vê o experiente Fabrício e o recém-contratado Alan como opções a sua frente. E não parece se inquietar com isso. Paciente, diz que vai esperar pela chance.

A sua parte Raphinha tem feito. É destaque do su-23 de Clemer, 100% no Gauchão, com atuações sempre regulares. Sob o comando de Abel, na quarta, também se sobressaiu. Fez bela jogada para o gol de Eduardo Sasha. Sinal disso foi ser destacado para dar entrevista coletiva após o 2 a 1 sobre o São Paulo. O lateral, 20 anos, se define como "pé no chão".

- Eu venho trabalhando forte. Sempre tive pé no chão, o mais importante é isso. Vou tentar me firmar no grupo principal, me acolheram bem - analisa. - O Fabrício e o Alan são grandes jogadores. Eu estou apenas começando a buscar o meu espaço.
O discurso humilde oculta uma história de superação desse garoto que, só de Beira-Rio, já tem 12 anos. Em fevereiro de 2013, foi submetido à complexa cirurgia por uma ruptura no ligamento do joelho esquerdo.

- Depois disso, me dediquei ainda mais - assegura.

Ver Raphinha tão à vontade na lateral nem leva o torcedor a imaginar que, antes de 2011, ele era meio-campo. Dorival Júnior, então técnico do Inter, é que viu potencial para o jogador atuar mais aberto. Deu certo. Não espera mais mudar. Nem Abel:

- O Raphinha teve uma partida extraordinária, muito seguro, seguiu aquilo que treinamos. A gente espera que ele tenha agora continuidade.

No domingo, no retorno dos titulares diante do Cruzeiro-RS, Fabrício retoma a posição. Alan ainda não pode jogar, cumpre suspensão por doping até março. E Raphinha segue sempre de olho. Sempre pé no chão. Para ele, é apenas o começo.

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