A vacinação contra o HPV em meninas de 11 a 13 anos foi suspensa em
Pelotas, na Região Sul do Rio Grande do Sul, após o registro de três
casos de reações em adolescentes nesta semana, sendo dois graves.
Segundo a Secretaria da Saúde do município, a decisão segue orientação
estadual.
Nos casos adversos graves registrados no Rio Grande do Sul na última
semana, as meninas tiveram convulsões cerca de uma hora após receberem a
primeira dose da vacina. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) investiga
o ocorrido. O Ministério da Saúde considera as reações “graves” porque
não há descrição na literatura médica de convulsões como efeitos
colaterais após a aplicação da vacina anti-HPV.
“Em Pelotas tem corrido tudo dentro do normal, nenhum registro de
evento adverso grave. Mesmo assim, por precaução, estão sendo recolhidas
as doses de todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e está suspensa a
agenda de vacinação nas escolas até que chegue o novo lote”, explica a
coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Maria Regina Gomes.
As três meninas foram vacinadas com doses do mesmo lote, que já foi
recolhido. O lote tem cerca de 89,8 mil doses da vacina registrados.
Segundo a Secretaria, todas aplicações são realizadas por profissionais
de saúde aptos a qualquer tipo de adversidades.
O vírus HPV é uma das principais causas do câncer do colo de útero, um
dos tipos de maior incidência entre as mulheres. As doses estavam sendo
oferecidas diretamente em todas as escolas, públicas ou particulares. A
vacina é oferecida em três doses. A primeira delas ocorre durante a
campanha. A segunda dose acontece daqui a seis meses e a terceira, como
um reforço, cinco anos depois.
Para receber a imunização, basta apresentar o cartão de vacinação,
caderneta do adolescente ou documento de identificação. Caso os pais ou
responsáveis não concordem com a vacinação da adolescente, eles devem
assinar o "Termo de Recusa de Vacinação contra HPV", distribuído pelas
escolas antes da vacinação.
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