Um mês após o lançamento da campanha de vacinação contra HPV no
Brasil, mais de 3,4 milhões de adolescentes entre 11 e 13 anos já foram
imunizadas contra o vírus, segundo informou o portal do Ministério da
Saúde nesta sexta-feira (11). Esse número representa 83% da meta da
pasta, que é vacinar 4,1 milhões de meninas nessa faixa etária até o fim
do ano. A primeira etapa da vacinação começou no dia 10 de março e teve
como foco a mobilização nas escolas públicas e privadas de todo o País.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, avaliou o resultado como positivo
e atribuiu os bons números ao “esforço” de Estados e municípios, que
seguiram a recomendação do órgão e fizeram as mobilizações nas escolas. A
segunda fase da campanha começa nesta sexta-feira, 11, e tem como foco
os postos de saúde. Chioro lembra, contudo, que a estratégia deverá
continuar em algumas escolas e que, por isso, os pais devem se informar
até quando a vacinação vai acontecer.
O Ministério da Saúde afirma que a vacina contra HPV, que é ofertada
gratuitamente pelo SUS, ficará disponível nas 36 mil salas espalhadas
pelo Brasil. O esquema de vacinação é composto por três doses, sendo a
segunda delas aplicada com intervalo de seis meses e a terceira, de
reforço, cinco anos após a primeira dose. Em 2015, a previsão da pasta é
vacinar adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, começam a ser
imunizadas meninas que completam 9 anos de idade.
Apesar de, em alguns Estados, como o Rio Grande do Sul, terem surgido
alguns casos de reação à vacina, o Ministério da Saúde assegura que o
medicamento utilizado é seguro, sendo recomendado pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) e usado como estratégia de saúde pública em 51
países. De acordo com a pasta, a vacina protege contra quatro subtipos
do HPV, com eficácia de 98%, sendo dois deles os responsáveis por cerca
de 70% dos casos de câncer de colo de útero em todo o mundo.
O órgão pondera, contudo, que a imunização não substitui a realização
de exame preventivo nem o uso de preservativo nas relações sexuais. O
ministério orienta que mulheres na faixa etária entre 25 e 64 anos façam
o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames
anuais consecutivos negativos. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer
(INCA) prevê o surgimento de 15 mil novos casos desse tipo de câncer e
aproximadamente 4,8 mil óbitos apenas neste ano segundo o Ministério da
Saúde.
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