segunda-feira, 14 de abril de 2014

Mais de 60% das empresas não vão investir para a Copa



A maioria dos pequenos empresários não vai fazer investimentos para atender o público da Copa do Mundo: 63% deles dizem que não pretendem adotar medidas como aumentar estoque, contratar funcionários ou decorar o estabelecimento com as cores do Brasil. O dado é de uma pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) com 600 empresários de 7 das 12 cidades que vão sediar o campeonato, que começa em junho.

A proporção dos que não pretendem se preparar para a Copa chega a 78% no Rio de Janeiro, cidade que já recebe fluxo considerável de turistas em datas como o Carnaval. A menor taxa (19%) foi registrada em Fortaleza. Entre os estabelecimentos que preferem ignorar o evento, 42% afirmam que não acham a preparação necessária ou que a demanda justifique o investimento.


“Há uma baixa expectativa, uma sensação de que a Copa não vai ser nada de especial ou não vai ser tão diferentes de outros eventos que o Brasil já recebe”, afirma Flávio Borges, gerente financeiro do SPC Brasil. Borges considera “razoável” que as empresas sejam comedidas. “Até aumentar o estoque é caro e é difícil obter recursos.”

Os resultados alcançados durante a Copa das Confederações, que foi realizada no ano passado, também influenciam essa decisão: 55% dos empresários das seis cidades que foram sede do torneio afirmaram que prepararam seus estabelecimentos para o evento. Mas, para 40% deles, o resultado obtido foi abaixo do esperado.

Existe também um temor de que o Mundial provoque uma onda de manifestações: 61% dos entrevistados disseram acreditar que haverá protestos e que isso afetará negativamente os negócios —em média, os empresários dizem que isso vai reduzir o volume de vendas em 19,8%. 





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