O
atraso na entrega do álbum de figurinhas da Copa do Mundo e o início da
comercialização de figurinhas antes do livro ilustrado deixaram os
clientes insatisfeitos e geraram reclamações dos jornaleiros.
Dono de uma banca de jornais na região
de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, Walmor Luiz diz que passou por
mentiroso ao divulgar a data errada para seus clientes. Ele conta que
foi a um evento em que a Panini, empresa responsável pelos álbuns, que
reuniu os 50 principais jornaleiros de São Paulo em uma churrascaria no
mês de fevereiro. Na ocasião, a data anunciada pela companhia para o
começo da comercialização do álbum foi 4 de abril. Mas apenas na próxima
semana o produto estará disponível nas bancas.
“Eu passei por mentiroso, perdi um pouco
da credibilidade com meus clientes porque falei que o álbum ia sair no
dia 4. O pessoal chega aqui e reclama que não tem o álbum e eles não
entendem porque as figurinhas começaram a ser vendidas antes. Isso
poderia ter sido melhor planejado”, conta.
A Panini, através de sua assessoria de
comunicação, informou ao UOL Esporte que o atraso dos álbuns é
estratégico. Isso porque a empresa irá distribuir gratuitamente 6,5
milhões de álbuns como encarte de jornais de grande circulação do país,
entre os quais O Estado de S. Paulo, neste domingo.
A partir de terça os álbuns estarão nas
bancas, frisa a Panini. A empresa informa que os jornaleiros foram
avisados sobre a comercialização posterior dos álbuns. Mas alguns
jornaleiros contam que não foram avisados sobre essa estratégia de
circulação da Panini.
O advogado Bruno Medici reclama ter
saído da banca de mãos vazias. “Geralmente você compra o álbum primeiro e
depois começa a colecionar as figurinhas. É estranho isso acontecer e
venderem as figurinhas antes. Vou voltar na semana que vem”.
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