quarta-feira, 7 de maio de 2014

Meteorologistas apontam que este mês é decisivo quanto à chegada de precipitações “normais”



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Maio é o mês do “agora ou nunca” no interior do estado – principalmente para as regiões central e oeste. As previsões mais recentes da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), apresentadas ontem em reunião do Comitê de Combate à Seca, apontam que este mês é decisivo quanto à chegada de precipitações “normais”. A expectativa ainda é positiva, apesar de, segundo o último levantamento pluviométrico da Emparn apontar que pelo menos 95 municípios do Estado ainda estão em situação  “muito seco” e outros 36 “seco”.

Apesar de ter chovido mais de 400 milímetros em pelo menos 50 municípios do Estado, a situação ainda é preocupante, principalmente quanto ao abastecimento de água para o consumo humano. “Se não tivermos boas chuvas até meados de maio, não teremos em junho e julho. 

O que pode acontecer acontecerá agora”, prevê o meteorologista-chefe da Emparn, Gilmar Bistrot. “Todos sabemos que o primeiro semestre é da produção, e a água já está garantida. Vemos o pasto verdinho. Mas o segundo semestre é para o consumo, principalmente para os grandes reservatórios”, acrescentou.
 
Entretanto, de acordo com Bistrot, a possibilidade é que as chuvas realmente cheguem a partir da segunda metade de maio –  principalmente no Alto Oeste potiguar – ocasionado “janela de chuvas” que chegou ao RN no final de abril. 

O fenômeno é ocasionado por uma oscilação 30-60 dias – uma propagação de uma onda atmosférica ao longo do globo terrestre e em torno do Equador, formando nuvens que chegam até o nordeste brasileiro. “Tivemos uma janela que recuperou abril já no fim, principalmente na região de Mossoró e no Seridó”, comentou Bistrot.

De acordo com o último boletim da Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern), 12 cidades do interior, localizadas no Alto Oeste e no Seridó, ainda estavam em situação de colapso no abastecimento de água. As mais críticas são Pau dos Ferros e Caicó, que ainda não estão sendo abastecidas por carros pipa.

Com detalhes da Tribuna do Norte e fotografia de Edilson Silva

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