O papa Francisco entrou em contato, neste domingo (25) em Belém, com a
realidade do conflito entre israelenses e palestinos ao tocar a
barreira de separação israelense, e pediu o fim de uma situação
"inaceitável, pelo bem de todos". Depois de chegar a Belém, vindo da
Jordânia em um helicóptero militar, ele foi recebido com todas as honras
de Estado da Palestina pelo presidente Mahmud Abbas, que o abraçou, e
por uma delegação de autoridades palestinas.
Diante de Francisco, Abbas acusou Israel de tentar "mudar a
identidade e o caráter de Jerusalém Oriental e de asfixiar sua população
palestina, cristã e muçulmana, com o objetivo de expulsá-la" da cidade.
Ele também falou ao pontífice do "terrível muro que Israel construiu
pela força brutal". O chefe da Igreja Católica pediu "o reconhecimento
por parte de todos do direito de dois Estados existirem e desfrutarem da
paz e da segurança em fronteiras internacionalmente reconhecidas".
O assessor político de Abbas, Nimr Hammad, saudou uma mensagem
significativa de que "não se pode alcançar a paz, enquanto Israel
continuar a construir muros de separação racistas entre os povos
palestino e israelense".
De acordo com um porta-voz do comitê organizador palestino, Achraf
al-Ajrami, "ao parar diante do muro e ao tocá-lo, o Papa tocou a dor
diária vivida pelo povo palestino". Farid Abu Mohor, morador da cidade
de Beit Jala, onde o traçado da barreira ameaça o acesso as suas terras
agrícolas, disse "esperar que atos como esse impeçam que o muro seja
concluído".
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