Tudo aquilo que é ingerido pela mãe durante a gravidez pode afetar
direta ou indiretamente o bebê. E um novo estudo publicado na revista
Nature desta terça-feira (26) chama a atenção para um novo problema: o
risco de hiperatividade nos filhos pode estar relacionado com o uso de
antidepressivos no período.
Os transtornos por déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) fazem
com que as crianças tenham dificuldade em se concentrar ou realizar
atividades complexas. Aqueles que sofrem com a desordem têm problemas em
permanecer sentados no lugar ou esperar sua vez. E especialistas do
Massachusetts General Hospital observaram “um risco persistente de TDAH
após uma exposição aos antidepressivos, particularmente durante o
primeiro trimestre” de gravidez.
Realizado com dados de um sistema de cuidados do nordeste dos EUA, com
amostras de 2.243 menores com TDAH e 1.377 autistas, os pesquisadores
buscaram estabelecer se os medicamentos para depressão tinham alguma
relação com os problemas. Apesar de o vínculo com a segunda doença não
ser comprovado, com a primeira a associação foi considerada
“significativa”. Mesmo assim, os resultados foram considerados “modestos
em termos absolutos” e podem ter sido afetados por erros em matéria de
classificação, admitem os autores.
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