sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Após críticas do PT, programa de Dilma deixa de comparar Marina a Collor

Após críticas de parlamentares do PT à propaganda eleitoral da presidente Dilma Rousseff que comparou a candidata Marina Silva (PSB) aos ex-presidentes Fernando Collor e Jânio Quadros, o programa da petista exibido nesta quinta-feira (4) não abordou o tema.

Durante a propaganda que foi ao ar na terça-feira (2), um narrador disse que “duas vezes na nossa história, o Brasil elegeu salvadores da pátria. Chefes do partido do ‘eu sozinho’ E a gente sabe como isso acabou. Sonhar é bom, mas eleição é hora de botar o pé no chão e voltar à realidade”.

Nesse momento, imagens de Jânio Quadros, que renunciou à Presidência em 1961, e da Folha de S.Paulo da época do impeachment de Fernando Collor, em 1992, apareceram na tela.

A oposição reagiu dizendo que o PT estava revivendo a campanha do “medo” do qual foi já foi alvo (leia abaixo). Ontem, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu que a campanha petista não adote o discurso do “medo” contra a candidata Marina Silva (PSB).

“Eu quero fazer uma recomendação ao meu partido, à presidenta Dilma, ao meu presidente Rui Falcão –e eu quero a reeleição da presidenta Dilma– de que o melhor não é estar apresentando críticas aos nossos adversários. O melhor será mostrar aquilo que temos feito de melhor e aquilo que vamos fazer ainda melhor”, afirmou.

O deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) também se manifestou contra a propaganda:“Eu não usaria o Jânio nem o Collor. São coisas e momentos diferentes”, afirmou. Vicente Cândido (PT-SP) disse que “comparar a Marina ao Jânio não é a melhor maneira. Acho muito ruim essa linha de críticas”.

Marina aproveitou seu tempo no programa de hoje para dizer que não vai “desperdiçar nosso tempo com ataques e agressões como fazem alguns candidatos”.
Campanha do “medo”

A tática de instigar o medo no eleitor já foi usada anteriormente. Em 1989, a vitória de Collor (à época no PRN) foi atribuída em parte ao medo de um governo Lula. Em 1998, quando o país enfrentava dificuldades econômicas, o então candidato à reeleição Fernando Henrique Cardoso (PSDB) explorou o temor de que a situação pudesse piorar se Lula vencesse.

Em 2002, o PSDB novamente tentou usar a tática. O então marqueteiro petista, Duda Mendonça, cunhou a expressão “a esperança vai vencer o medo”, e Lula venceu

UOL

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