Após críticas de parlamentares do PT à propaganda eleitoral da presidente Dilma Rousseff que comparou a candidata Marina Silva (PSB) aos ex-presidentes Fernando Collor e Jânio Quadros, o programa da petista exibido nesta quinta-feira (4) não abordou o tema.
Durante a propaganda que foi ao ar na terça-feira (2), um narrador
disse que “duas vezes na nossa história, o Brasil elegeu salvadores da
pátria. Chefes do partido do ‘eu sozinho’ E a gente sabe como isso
acabou. Sonhar é bom, mas eleição é hora de botar o pé no chão e voltar à
realidade”.
Nesse momento, imagens de Jânio Quadros, que renunciou à Presidência
em 1961, e da Folha de S.Paulo da época do impeachment de Fernando
Collor, em 1992, apareceram na tela.
A oposição reagiu dizendo que o PT estava revivendo a campanha do
“medo” do qual foi já foi alvo (leia abaixo). Ontem, o senador Eduardo
Suplicy (PT-SP) pediu que a campanha petista não adote o discurso do “medo” contra a candidata Marina Silva (PSB).
“Eu quero fazer uma recomendação ao meu partido, à presidenta Dilma,
ao meu presidente Rui Falcão –e eu quero a reeleição da presidenta
Dilma– de que o melhor não é estar apresentando críticas aos nossos
adversários. O melhor será mostrar aquilo que temos feito de melhor e
aquilo que vamos fazer ainda melhor”, afirmou.
Marina aproveitou seu tempo no programa de hoje para dizer que não
vai “desperdiçar nosso tempo com ataques e agressões como fazem alguns
candidatos”.
Campanha do “medo”
A tática de instigar o medo no eleitor já foi usada anteriormente. Em
1989, a vitória de Collor (à época no PRN) foi atribuída em parte ao
medo de um governo Lula. Em 1998, quando o país enfrentava dificuldades
econômicas, o então candidato à reeleição Fernando Henrique Cardoso
(PSDB) explorou o temor de que a situação pudesse piorar se Lula
vencesse.
Em 2002, o PSDB novamente tentou usar a tática. O então marqueteiro
petista, Duda Mendonça, cunhou a expressão “a esperança vai vencer o
medo”, e Lula venceu
UOL
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