segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Mais de 2.000 presos mantêm greve de fome nos presídios do RN

A greve de fome iniciada nesta segunda-feira (1) no sistema penitenciário do Rio Grande do Norte foi aderida por mais de dois mil detentos de pelo menos seis unidades prisionais. O levantamento foi feito pelo G1 com base nos dados repassados pela Coordenadoria de Administração Penitenciária do Estado (Coape) e diretores dos presídios em que os apenados ficaram sem se alimentar. A Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania ainda não sabe o que motivou a greve de fome de 2.157 presos.

A coordenadora de Administração Penitenciária, Dinorá Simas, conta que os presos não aceitaram comer o café da manhã, o almoço, o jantar e o lanche da noite. Para evitar o desperdício da comida, alguns diretores de presídios redistribuíram as quentinhas entre apenados que não aderiram à greve de forme ou fizeram doações. No entanto, na maioria dos casos, a comida estragou. "Acreditamos que a movimentação começou hoje porque os detentos estão com suprimentos por causa das visitas do fim de semana", diz Dinorá Simas. Os presos não fizeram nenhuma reivindicação até o momento.

Está confirmada a greve de fome em seis unidades: Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta; Penitenciária Rogério Coutinho Madruga, conhecida como Pavilhão 5 de Alcaçuz; Penitenciária Estadual de Parnamirim; Cadeia Pública de Natal; Penitenciária Estadual do Seridó, em Caicó; e Centro de Detenção Provisória de Ceará-Mirim. A coordenadora de Administração Penitenciária vai se reunir com todos os diretores nesta terça-feira (2) para avaliar a situação de cada unidade prisional e estudar medidas.

G1-RN

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