A greve de fome iniciada nesta segunda-feira (1) no sistema
penitenciário do Rio Grande do Norte foi aderida por mais de dois mil
detentos de pelo menos seis unidades prisionais. O levantamento foi
feito pelo G1 com base nos dados repassados pela
Coordenadoria de Administração Penitenciária do Estado (Coape) e
diretores dos presídios em que os apenados ficaram sem se alimentar. A
Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania ainda não sabe o que motivou a
greve de fome de 2.157 presos.
A coordenadora de Administração Penitenciária, Dinorá Simas, conta que
os presos não aceitaram comer o café da manhã, o almoço, o jantar e o
lanche da noite. Para evitar o desperdício da comida, alguns diretores
de presídios redistribuíram as quentinhas entre apenados que não
aderiram à greve de forme ou fizeram doações. No entanto, na maioria dos
casos, a comida estragou. "Acreditamos que a movimentação começou hoje
porque os detentos estão com suprimentos por causa das visitas do fim de
semana", diz Dinorá Simas. Os presos não fizeram nenhuma reivindicação
até o momento.
Está confirmada a greve de fome em seis unidades: Penitenciária
Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta; Penitenciária Rogério Coutinho
Madruga, conhecida como Pavilhão 5 de Alcaçuz; Penitenciária Estadual de
Parnamirim; Cadeia Pública de Natal; Penitenciária Estadual do Seridó,
em Caicó; e Centro de Detenção Provisória de Ceará-Mirim. A coordenadora
de Administração Penitenciária vai se reunir com todos os diretores
nesta terça-feira (2) para avaliar a situação de cada unidade prisional e
estudar medidas.
G1-RN
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