A candidata à Presidência Marina Silva
(PSB) voou dez vezes na aeronave Cessna PR-AFA, cuja doação à campanha é
investigada pela Polícia Federal. A reportagem teve acesso a registros
de pousos e decolagens do jato no período em que esteve à disposição da
candidatura de Eduardo Campos e Marina. As viagens da candidata podem
atrapalhar a estratégia do PSB, que, desde o início das investigações,
busca desvinculá-la formalmente da aeronave.
Especialistas em Direito Eleitoral
argumentam que eventuais irregularidades podem atingblogi-la, apesar da
morte de Campos. A coordenação jurídica da campanha discorda. A lista de
viagens de Marina foi obtida a partir do cruzamento dos compromissos
oficiais da candidata com voos realizados e dados fornecidos pela
própria campanha do PSB.
A PF investiga a compra do jato e também
o pagamento de despesas operacionais, quando ela já estava sendo
utilizada. Esses gastos foram pagos por uma empresa de fachada.
Marina usou o jato pela primeira vez no
fim de maio, para participar, em Goiânia (GO), de seminário do partido.
Em junho, voou quatro vezes, passando por Goiânia, Brasília, Maringá e
Londrina. No fim de julho, participou de ato em Vitória (ES). Em agosto,
voou outras quatro vezes, ao Rio, a Brasília e a São Paulo. O jato caiu
em 13 de agosto, matando Campos e seis assessores.
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