A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Distrito Federal concedeu
nesta segunda-feira a reativação do registro de advogado do
ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa.
Aposentado desde o final de julho, Barbosa solicitou a reativação do
documento no último dia 12. O presidente da OAB-DF, contudo, havia
pedido a impugnação do registro, afirmando que Barbosa “não atende aos
ditames do Estatuto da Advocacia”. O caso foi analisado por uma comissão
de conselheiros.
Ao longo das quatro páginas do documento em que pede a rejeição da
carteira de advogado para Barbosa, Rocha enumerou uma série de
desentendimentos entre o ex-ministro e advogados. Um dos casos citados
se deu em março do ano passado durante votação no Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), do qual Barbosa também era presidente.
Após os
conselheiros decidirem aposentar um juiz acusado de relação indevida com
advogados, Barbosa afirmou que havia “muitos juízes para colocar para
fora”. E continuou: “Esse conluio entre juízes e advogados é o que há de
mais pernicioso. Nós sabemos que há decisões graciosas,
condescendentes, absolutamente fora das regras”. A afirmação provocou
manifestação conjunta Conselho Federal da OAB, da Associação dos Juízes
Federais (Ajufe) e Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).
Barbosa também bateu de frente com os magistrados ao se opor à
criação de novos
Tribunais Regionais – projeto que acabou sendo aprovado
após uma manobra no Congresso Nacional. Ao criticar os gastos
desnecessários com a criação de tribunais, Barbosa afirmou que os locais
serviriam “para dar empregos para advogados”, e que seriam criados “em
resorts” ou em “alguma grande praia”.
Fonte: Veja
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