terça-feira, 21 de outubro de 2014

Se não chover, açude Gargalheiras pode entrar em volume morto, diz secretário

 
Os três anos consecutivos de seca no semiárido do Rio Grande do Norte mudaram as feições do Gargalheiras, em Acari, na região do Seridó, a 215 km de Natal. O açude-balneário que atrai milhares de turistas em tempos de cheia, agora vive a pior fase de sua história, o que tem afetado os trabalhadores que sobrevivem da atividade pesqueira e o abastecimento da cidade. 

Com o mais baixo volume de sua história, 5,85% da capacidade total de 44 milhões de cúbicos de água, o açude mais famoso do Estado pode entrar em colapso se não chover nos próximos três meses, prejudicando mais de 55 mil habitantes.

O abastecimento d’água em Acari é feito pelo sistema adutor do Gargalheiras, operado pela Caern, mas se não chover até janeiro o açude pode entrar no volume morto e, consequentemente, chegar ao colapso, disse o secretário de Agricultura, Meio Ambiente e Abastecimento de Acari, José Ari Bezerra Dantas.

A medida, explicou o secretário, deve atingir a zona rural do município, que terá de ser abastecida totalmente por caminhões-pipa. Pelo segundo ano consecutivo, o abastecimento d’água em Acari entra em racionamento.Nestes três anos de estiagem, muita coisa mudou para pior em Acari.O rebanho bovino foi reduzido em 50% e, apesar da situação crítica, a prefeitura ainda aguarda que a Secretaria de Recursos Hídricos do Estado (Semarh) instale cerca de 30 poços perfurados no município, que até agora ainda estão sem funcionar.

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