Os
três anos consecutivos de seca no semiárido do Rio Grande do Norte
mudaram as feições do Gargalheiras, em Acari, na região do Seridó, a 215
km de Natal. O açude-balneário que atrai milhares de turistas em tempos
de cheia, agora vive a pior fase de sua história, o que tem afetado os
trabalhadores que sobrevivem da atividade pesqueira e o abastecimento da
cidade.
Com
o mais baixo volume de sua história, 5,85% da capacidade total de 44
milhões de cúbicos de água, o açude mais famoso do Estado pode entrar em
colapso se não chover nos próximos três meses, prejudicando mais de 55
mil habitantes.
O
abastecimento d’água em Acari é feito pelo sistema adutor do
Gargalheiras, operado pela Caern, mas se não chover até janeiro o açude
pode entrar no volume morto e, consequentemente, chegar ao colapso,
disse o secretário de Agricultura, Meio Ambiente e Abastecimento de
Acari, José Ari Bezerra Dantas.
A
medida, explicou o secretário, deve atingir a zona rural do município,
que terá de ser abastecida totalmente por caminhões-pipa. Pelo segundo
ano consecutivo, o abastecimento d’água em Acari entra em
racionamento.Nestes três anos de estiagem, muita coisa mudou para pior
em Acari.O rebanho bovino foi reduzido em 50% e, apesar da situação
crítica, a prefeitura ainda aguarda que a Secretaria de Recursos
Hídricos do Estado (Semarh) instale cerca de 30 poços perfurados no
município, que até agora ainda estão sem funcionar.
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