O G20, grupo das maiores economias do mundo, divulgou documento
sinalizando a possibilidade de conseguir, até 2018, crescimento
adicional de 2,1% dos produtos internos brutos (PIB, soma dos bens e
riquezas produzidos em um país) do bloco, constituído pelas 19 maiores
economias mais a Comunidade Europeia. O comunicado foi publicado após
dois dias de reuniões, na cidade de Brisbane, Austrália.
Segundo o G20, a elevação no crescimento adicionaria US$ 2 trilhões à
economia global e criaria empregos. Os países destacaram que o
crescimento maior pode ser atingido com medidas para aumentar o
investimento, elevar o comércio e a competição e impulsionar o emprego.
Os membros do G20 defenderam ainda a adoção de políticas macroeconômicas
para apoiar o desenvolvimento e crescimento inclusivo, reduzindo a
desigualdade e pobreza. O grupo enfatizou a necessidade de investir em
infraestrutura, e destacou o papel dos bancos multilaterais e bancos
públicos de desenvolvimento.
“Combater as deficiências de investimento e infraestrutura é crucial
para elevar o crescimento, a criação de empregos e a produtividade (…).
Nossas estratégias de crescimento contêm grandes iniciativas de
investimento, incluindo fortalecer o investimento público e melhorar
nosso clima de investimento doméstico e financiamento, o que é essencial
para atrair novos recursos do setor privado”, diz a carta. Segundo o
comunicado, os membros do G20 continuarão trabalhando com bancos
multilaterais, e encorajando a atuação de bancos de desenvolvimento
nacionais.
O comunicado defende, ainda, a estabilidade do sistema financeiro e
ações para um sistema internacional de taxas “justo”. Diz também que os
países buscarão aumento da eficiência energética para atender à
necessidade de crescimento sustentável e desenvolvimento. Apoia, por
fim, ações para enfrentar as mudanças climáticas que estejam de acordo
com a última conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o
assunto.
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