Enquanto os principais acionistas da Oi têm se movimentado para
incluir a companhia no processo de consolidação do setor, mudanças
também têm ocorrido dentro da tele desde a chegada de Bayard Gontijo à
presidência, no início de outubro. Na última segunda-feira, um
comunicado interno trouxe a notícia da demissão de 150 executivos, entre
diretores, gerentes e consultores. Agora, restam cerca de mil
executivos.
O informe, enviado aos funcionários no final do expediente, dizia que
a companhia teria uma nova configuração da equipe executiva em função
da mudança na estrutura organizacional, com “aproveitamento de
sinergias, simplificação da governança e ênfase nos processos de
gestão”.
O objetivo de Gontijo é garantir agilidade nos processos de decisão
e, assim, deixar a companhia mais competitiva para enfrentar o cenário
de forte competição do setor. Um fator que pesa negativamente para a Oi
em relação às concorrentes é o seu elevado endividamento, de R$ 46
bilhões.
O movimento é, na verdade, uma segunda fase dentro das recentes
mudanças na companhia. Dias após assumir, em 15 de outubro, o executivo
divulgou outro comunicado, em que informava a reorganização da
estrutura. O resultado foi uma redução do número de diretorias da
empresa, que caíram de 16 para 13. A operadora Portugal Telecom, sob o
guarda-chuva da Oi desde maio, também teve mudanças. As diretorias da
tele portuguesa foram reduzidas de 12 para 10.
Bayard, de 43 anos, está há 13 anos na empresa e tem um conhecimento
da operação. Com histórico em áreas financeiras, iniciou sua carreira na
empresa como gerente de tesouraria. Desde junho de 2013, é diretor
financeiro, cargo que acumula com a presidência interina.
Os acionistas da empresa não têm pressa para mudar o comando da
companhia. Bayard criou ainda um grupo que se reúne semanalmente chamado
de comitê de gestão. O objetivo é discutir o negócio da companhia e
acompanhar os indicadores de desempenho. Além disso, haverá reuniões
mensais com resultados.
Os cerca de 18 mil funcionários da empresa também passaram a ter
metas individuais, o que atinge todos os níveis hierárquicos da tele: do
presidente ao técnico. O executivo também iniciou a discussão do
orçamento de 2015 e já deu o recado. Bayard busca eficiência.
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