O empresário Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano -
procurado pela Polícia Federal por suspeita de atuar como lobista e
operador do PMDB no esquema de corrupção e pagamento de propinas na
Petrobras - não pretende se entregar às autoridades da Operação Lava
Jato.
Segundo o criminalista Mário de Oliveira Filho, que
defende Fernando Baiano, a estratégia é ingressar com pedido de habeas
corpus perante o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) para
tentar derrubar o decreto de prisão expedido pela Justiça Federal em
Curitiba, base da Operação Juízo Final, sétima fase da Lava Jato.
Fernando
Baiano está sob suspeita da PF porque teria distribuído propinas a
agentes públicos e valores para partidos políticos sobre porcentuais de
contratos bilionários da estatal petrolífera. O PMDB teria o controle da
Área de Internacional da Petrobras. A prisão de Fernando Baiano em
regime temporário foi ordenada dia 10. A PF vasculhou o endereço do
empresário, no Rio, e apreendeu documentos e computadores. A PF lançou o
nome de Fernando Baiano na difusão vermelha, índex dos mais procurados
do planeta, segundo registros da Interpol - a Polícia Internacional que
mantém conexões com quase 200 países."Minha orientação é para (Fernando
Baiano) não se entregar, vamos tentar o habeas corpus", declarou
Oliveira Filho.
O criminalista está hoje em Curitiba e sua
meta é apresentar três habeas corpus simultaneamente - um em favor de
Fernando Baiano, outro em favor do presidente da Iesa Óleo e Gás, Valdir
Lima Carreiro, e outro em favor de um diretor da empresa, Otto
Sparenberg. Estes dois, Carreiro e Sparenberg, estão presos. Fernando
Baiano está foragido.
Oliveira
Filho destacou que Fernando Baiano já estava com depoimento marcado
para a próxima terça feira em Curitiba, base da Operação Lava Jato. "Por
isso não havia a menor necessidade de sua prisão. Na terça feira ele
iria se apresentar para depor."
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