quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Transposição: sai aviso de licitação do Ramal do Agreste

Obras da transposição em Floresta. Foto: Marcela Balbino/BlogImagem

O Ramal do Agreste, obra para beneficiar a população de cidades da região pernambucana com a água da Transposição do Rio São Francisco, começa a dar os primeiros passos para sair do papel. O Ministério da Integração Nacional publicou, no Diário Oficial desta quarta-feira (5), o aviso de licitação para escolher a empresa responsável pela execução da obra e a elaboração dos projetos executivos ligando Sertânia a Arcoverde.

As propostas de elaboração dos projetos serão abertas no dia 7 janeiro do próximo ano. A licitação será feita em Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), considerado menos burocrático.

O Ramal do Agreste levará o volume do Eixo Leste da Transposição a cidades atingidas ciclicamente pela seca, passando metade para a Adutora do Agreste e a outra metade para o Reservatório do Ipojuca, em Arcoverde. O empreendimento foi proposto pela União, ficou com o Governo de Pernambuco quando, ainda durante a gestão de Fernando Bezerra Coelho (PSB) na pasta, contratos da transposição foram questionados. A responsabilidade depois voltou para o Ministério da Integração Nacional.

A pasta lançou a primeira licitação da obra em em abril, em passagem da presidente Dilma Rousseff (PT) por Serra Talhada, no Sertão do Pajeú. Entretanto, suspendeu o processo depois, se precavendo de uma suspensão do edital, após apontamentos feitos pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Mesmo enquanto a licitação não era lançada, estavam em andamento as obras da Adutora do Agreste, feita com 90% de repasses federais e dependente da água que será trazida pelo Ramal, sob responsabilidade da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Dos 430 quilômetros previstos em junho do ano passado, quando as obras começaram em Pesqueira, foram implantados 234 quilômetros, mais da metade do total. Porém uma questão deve ser levada em consideração: a obra é mais simples do que o projeto para o São Francisco.

Para contornar a situação, foram traçados planos alternativos, com o uso de poços e a injeção de água no sentido contrário. Embora o plano tenha sido saindo de Pesqueira, enquanto o ramal não estiver pronto a água será obtida de poços e levadas em direção à cidade.

Blog do Jamildo 

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