Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) somaram, até novembro passado, R$ 162,26 bilhões,
conforme anunciou nesta terça-feira (23), no Rio de Janeiro, o
presidente da instituição, Luciano Coutinho. Segundo ele, o desempenho é
“razoavelmente estável em termos nominais em relação ao ano passado”.
No mês de novembro, foram liberados R$ 15,70 bilhões.
Coutinho disse que a expectativa é que os desembolsos de dezembro
sigam em linha com o ano passado, “de forma que, em termo nominais,
estamos muito próximo de 2013”. Para Coutinho, os números se aproximam
dos R$ 190,4 bilhões registrados ano passado. A expectativa é de
desembolso de quase R$ 28 bilhões. “Dezembro tem peso muito relevante.
Os números até novembro podem ser modificados pela incidência
importante de dezembro”, comentou.
O presidente do BNDES ressaltou o aumento considerável de recursos
para infraestrutura em 2014, que apresentaram incremento de 10% até
novembro, alcançando R$ 58,11 bilhões. Também as aprovações de
empréstimos para projetos de infraestrutura evoluíram 21% em 11 meses,
atingindo R$ 66,4 bilhões.
Para os setores de indústria e agropecuária, os desembolsos
alcançaram R$ 44,6 bilhões e R$ 14,9 bilhões, respectivamente,
representando queda de 10%, em cada. Para projetos no setor de comércio e
serviços, foram liberados R$ 44,7 bilhões até novembro, com alta de 2%
sobre igual período anterior.
Coutinho também destacou a expansão de 15% registrada pelo Cartão
BNDES entre janeiro e novembro deste ano, atingindo aproximadamente R$
10,4 bilhões, envolvendo 718 mil operações e 203 empresas. O cartão é
usado por micro, pequenas e médias empresas para compra de bens e
serviços pela internet, por meio do portal do BNDES. Atualmente, ele
opera com seis bancos emissores e alcança quase todo o país. “Mostra que
a principal ferramenta de apoio às micro, pequenas e médias empresas
continua funcionando dinamicamente, representando um volume importante
de operações. Temos hoje 675 mil cartões emitidos”.
Coutinho reconheceu que, com a adoção das novas políticas
operacionais, os desembolsos da instituição em 2015 poderão ser
reduzidos, em comparação ao previsto para 2014 e ao registrado em 2013.
As novas políticas reduzem o uso de recursos do Tesouro Nacional nos
financiamentos a projetos de investimentos e diminuem a participação do
banco nos empréstimos, de modo a estimular a participação de moeda de
mercado nas operações.
Observou, porém, que, com base em projeções da área econômica do
banco, os investimentos na economia brasileira deverão superar R$ 4,1
trilhões entre 2015 e 2018, com aumento de 17,1% sobre o período de 2010
a 2013. Na avaliação do presidente do BNDES, as empresas brasileiras
estão mantendo seus planos de investimento para o futuro.
“As empresas sabem da necessidade de ajuste em 2015, mas não
descartaram seus planos de investimento. Há confiança. No médio prazo, é
fundamental para a decisão de investimento. A compreensão da
necessidade de ajustar a economia para fortalecer o pilar fiscal da
política macroeconômica cria confiança na sustentabilidade
macroeconômica. E essa é uma pré-condição importante para a retomada do
crescimento”, acrescentou.
Da Agência Brasil
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