Nenhum
banco no Brasil cresceu tanto quanto a Caixa Econômica Federal nos
últimos três anos. Impulsionada pelo Tesouro Nacional, a Caixa ampliou
150% os empréstimos, abriu mais de 1 000 agências e elevou o total de
clientes 37%. Segundo reportagem da revista Exame, a pisada no
acelerador garantiu ao governo resultados importantes na área social,
como o financiamento de dois milhões de moradias populares, e deu fôlego
à expansão do consumo apoiada em crédito. E também foi positiva para a
Caixa, que elevou seu lucro 48% desde 2011.
A sintonia entre o banco e o Tesouro durou até 2013, quando o
descontrole nas contas públicas ficou evidente. Aí o governo passou a
usar a Caixa de outra forma: como uma instituição que devesse gerar
recursos para ajudar a tapar os buracos do orçamento — política que está
desorganizando as finanças do banco e, prejudicando empresas que têm
contratos com a instituição.
Em outubro de 2013, o Tesouro começou a reter recursos que deveria
repassar à Caixa — que vão desde as verbas usadas para subsidiar os
financiamentos do programa Minha Casa Minha Vida, de moradias populares,
até o dinheiro sacado por quem recebe os benefícios do Bolsa Família.
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